Monday, September 19, 2005

Governo Lula

Muitos equivocos foram cometidos pela sociedade desde o entao escandalo do mensalao. Na pratica, o mensalao nao foi comprovado(o mensalinho sim). Mas de qualquer forma nao devemos esquecer o grande avanço do governo no nosso pais. Eh preciso lembrar que uma federaçao eh composta de estados e estes de municipios que devem aplicar os recursos do governo. Quando um municipio recebe uma verba, cabe ao governante investir com sabedoria, visando o bem social. Nao eh tarefa do governo dirigir seus esforços diretamente para os municipios, e sim para o governo do estado e este redistribui para os municipios.

Uma federaçao precisa ser forte. No campo das relaçoes internacionais o pais se tornou mais forte, tanto economicamente quanto politicamente. O Brasil assumia claramente sua posiçao de liderença hegemonica no bloco da America Latina. Com isso, nosso pais ficou mais propicio a investimentos e novos negocios foram abertos, fazendo com que as exportaçoes batesse recordes a cada ano.

A economia eh reflexo da politica, mas no nosso quadro, a crise politica nao abalou a economia que seguia com a mao invisivel do mercado, graças a administraçao do senhor ministro Palocci. Com tudo isso, tivemos uma economia estabilizada e o governo Lula continuava a atrair o povo que o elegeu. Mas como poderia fazer o povo para voltar-se contra o governo? Estourou a crise politica, e por causa de mas atitudes politicas por parte de membros do governo, a credibilidade de Lula fica ameaçada. Mas antes de pensarmos qualquer coisa contra o governo eh preciso salientar que ele fez mais avanços que a gestao anterior. Nao devemos perder a confiança no presidente por causa desses eventos que nao refletem a situaçao de melhorias no nosso pais.

E eh preciso lembrar que eh tarefa do legislativo procurar fiscalizar e adiantar os compromissos do Estado. Foi preciso comprar a boa vontade dos deputados que jah ganhavam pra trabalhar para o povo. Para poderem nao emperrar os projetos, foram pagos para adiantar os processos. A culpa foi de quem pagou, mas muito mais de quem recebeu. Devemos lembrar que o dinheiro envolvido foi do fundo partidario, que mesmo sendo de contribuiçoes, nao provocam danos ao sistema economico, mas de qualquer forma isso continua sendo ilegal e errado.

Devemos nos conscientizar disso. A oposiçao ira alimentar uma ideia suja do governo ateh as proximas eleiçoes, a midia acaba perdendo sua imparcialidade e critica sutilmente o governo. O que eles querem eh formar nossa opniao de administraçao do pais a partir deste fato. Eles acabam ofendendo nossa inteligencia! Acham que somos as mesmas marionetes que o elegeram, mas a realidade nao eh bem essa. A partir do momento que sabemos o que eh melhor para o pais, iremos abandonar o que eh melhor para ele por causa de atitudes que nao foram corretas mas que no fim eram melhores para a sociedade?

A oposiçao acabou sejando a imagem do pais, os 47% das naçoes a favor do Brasil certamente irao ver a imagem da imprensa brasileira e consequentemente a imagem suja do pais, os planos excelentes para o desenvolvimento nacional podem ter ido por agua abaixo por causa dessas acusaçoes irresponsaveis, fundadas apenas a partir do direito parlamentar.

OBS: Valdemar Costa Neto, critico assiduo do governo estava no esquema. Muitos que criticam tem seus podres escondidos debaixo do tapete. Enquanto ninguem descobre eles apenas tentarao alcançar o poder por meio de uma campanha de difamaçao.

Severino Cavalcanti eh outro que criticou, mas que no fim acabou envolvido no mensalinho(praticamente comprovado).

Roberto Jefferson(cassado), utilizou seu direito parlamentar para ser grosso e irresponsavel. Ele sim foi o malandro, e aproveitou que as evidencias de investigaçao poderiam incrimina-lo e quis passar a imagem de heroi enquanto na verdade era o maior vilao. A eloquencia se suas palavras certamente farao muitos acreditar. Mas nos temos a consciencia e saberemos discernir o certo do errado e saber dar credito ao que mais importa para nos brasileiros.

Saturday, August 20, 2005

Vírus Homo Sapiens

O que nos faz diferentes dos vírus? Meu receio é que nada pode evitar uma comparação entre estes dois lados: homens e vírus. Thomas Robert Malthus especulou um mundo com uma população enorme e que com isso, o planeta não haveria de ter mais recursos para “manter” todos. Mas tal teoria não se concretizou, a população mundial passa longe das estimativas malthusianas. Mas de qualquer forma, as populações dos paises pobres tendem a crescer, agravando por conseguinte, as mazelas existentes. Um mundo que expande todos seus limites demográficos desta forma, esta infectando o mundo. Por comparação, não passaríamos de um vírus malévolo que tende a destruir uma célula (Terra). E supondo uma tecnologia avançada que favoreça a exploração de outros planetas, estaríamos, ainda sim, sendo um mal que ameaça o universo. Tudo depende das escalas como a matéria é vista. Numa casa, bloco e tijolos a compõem, moléculas compõem estes e estes são compostos por átomos. Planetas possuem escala planetária que se assemelha aos elementos supracitados. Supondo o universo como um imenso organismo, planetas não passariam de células e as galáxias seriam o sistema do organismo universo. O homem seria o vírus; com sua tecnologia seria capaz de crescer e afetar as outras células acabando por afetar todo um sistema, dominando outros sistemas e no fim comprometendo o organismo. Com uma tecnologia mais avançada, o homem poderá ser o deus cujo poder era venerado por homens primitivos e da contemporaneidade. Poderíamos ser capazes de provocar as mais diversas mudanças no sistema. Porem, a existência desse grande organismo (universo) dependeria da expansão desse vírus humano. Seriamos a doença ou os protetores do universo? Destruiríamos tudo por ambição? Até onde chegaria o poder de destruição tecnológico? Nossa raça viverá para sempre?

Thursday, July 07, 2005

A moral: um Bem ou um Mal?

A moral como forma de manipulação do caráter do ser humano é apenas uma preocupação, e uma instigação do pensamento, desnecessária. Dever-se-ia ponderar sobre o que realmente é o homem, e o que ele poderia beneficiar direta ou indiretamente à sua volta.

Regrar o instinto humano significa domá-lo, mas isso não significa que a fera, dentro de cada um de nós, se acalme e que deixe de ser instintiva com o meio à sua volta. O homem, assim como qualquer outro animal, nasceu para ser livre, mas a inteligência foi um meio evolutivo que o fez se sentir preso. De se sentir preso na sua própria liberdade.

Com quê intuito surge a moral? Talvez seja o de tornar o homem submisso. A moral criada para regrar o homem surge na verdade com o intuito de torná-lo mais vulnerável e mais alienado a decisões que o colocassem no front da batalha das classes, da ganância e do poder.

A moral vive das crises sociais e, das convivências pessoais de cada indivíduo. Busca no cotidiano, exemplos plausíveis para a sua enorme capacidade de se transmutar a cada experiência e demonstrar como os valores poderiam ser a mais pacífica forma de contornar situações difíceis e que exigiria maior boa vontade e complacência por parte do ser humano.

Como seria a humanidade sem a moral? Questionaríamos a humanidade com a moral, porque é a única dedução que teríamos dos acontecimentos à nossa volta, todavia, a moral está impregnada nas nossas mentes e nos nossos atos desde o nosso nascimento. É uma marca registrada de uma determinada cultura, é a maneira mais fácil de “identificação” do indivíduo.

Talvez a inteligência trouxe a moral como alavanca do aprimoramento dos primitivos, e assim fez com que estes se sobrepusessem aos limites impostos pela seleção da natureza. Honrar os mortos, cultuar e respeitar divindades foram os primeiros passos para isso. A moral colocou o homo sapiens no topo da cadeia alimentar. Este passou a ser o mais letal entre os predadores.

A moral fez com que os homens passassem a se respeitar e que houvesse o espírito de humanidade dentro de cada um deles. Claro que se traduzindo para o contexto atual ou simplesmente analisando-se a história, comprovaríamos uma clara contradição. A moral pôde, e provavelmente poderia continuar, a tornar o homem mais civilizado, mas em troca desse progresso muito sangue foi derramado e a vida por muitas vezes chorou.

A moral pode ser um regresso ou um progresso, pode ser boa ou ruim, destrutiva ou benévola. A moral é uma ferramenta, e como uma, pode ser usada e descartada. Mas cabe ao ser humano postar-se a seu favor ou contra, ou manter uma posição sobre o verdadeiro intuito de sua criação.

Tuesday, June 14, 2005

O homem e as armas

Paus e pedras. Estes foram as primeiras formas de se matar, mas não por disputas territoriais, e sim pelo alimento. O homem elevou-se na selva, sua habilidade especial fez com que se distinguisse dos outros animais, em pouco tempo se tornaria o soberano da selva e posteriormente do mundo. Suas conquistas mais significativas haviam sido o sedentarismo, até então um luxo. Não habituados com o meio hostil, constantemente se mudavam à procura de alimentos e os animais selvagens o expulsavam, antevendo o seu futuro. Pau para o fogo, para se defender e para matar. Pedra para triturar alimentos, quebrar ossos e como ferramenta da morte também. Em pouco tempo, os tocos virariam lanças e os pedregulhos se tornariam parte de utensílios eficazes tanto na caça quanto na guerra. Surgiram as primeiras formas de conquistas. Era necessário a tomada da terra de outros povos para seu próprio uso. A linguagem da força manifestou-se pela primeira vez de maneira evidente. Homens começaram a se matar, as primeiras terras foram conquistadas, se formaram as primeiras milícias; o homem organizava primevamente seu arsenal militar. Novas formas para matar foram surgindo, assim como sua utilidade no campo, era preciso a defesa dos territórios, barricadas foram criadas, posteriormente muros com pedras e consequentemente fortificações praticamente inexpugnaveis. O tempo, a guerra e as crenças evoluíram, assim como a maneira de viver. Deixamos a selva para conquistar o mundo, agora éramos donos do além mar e até o horizonte nos pertencia. Besteiros eram capazes de acertar alvos à muitos metros, as sua flechas eram capazes de atravessar armaduras e causar a morte em instantes. Catapultas tornaram o que antes era considerado inexpugnavel como sendo apenas questão de tempo, os massacres se tornaram cotidianos da guerra, o sangue molhava a terra e fazia crescer árvores de esperança, mesmo quando tudo parecia estar perdido. Em nome de crenças, genocídios foram cometidos e a morte passou a ser uma especialização. Com o advento da pólvora,os assassinatos se tornaram mais rápidos e eficazes, até evoluírem ao ponto de poderem matar milhares de uma vez só(Hiroshima e Nagasaki). Agora o homem tem "lanças" que disparam centenas de rajadas de fogo por minuto, e que é capaz de mudar drasticamente um território político apenas com o apertar de um botão, que guia a explosão da morte através do céu. A morte não é mais tão cruel para quem mata quando não se vê os rostos das vítimas. É como se não pudessemos sofrer por alguém que nunca vimos, mas que sabemos que existia e que sem podermos lamentar se foi. Ao menos no passado, um homem poderia sentir remorsos ao enfiar sua espada nas entranhas do seu oponente, sentindo sua agonia, seu medo e sua dor. Esse remorso diminui ao ponto de não restar nenhum vínculo entre humanos combatentes. A força da superioridade tecnológica é o que prevalece enquanto a raça humana padece. Mas há de chegar o dia em que os seres humanos deixarão suas diferenças de lado e se unirão, assim como fizeram imensos povos ao confrontar suas crenças, em torno de um objetivo comum. Talvez seja pra reconstruir o mundo depois de um grande desastre militar, ou talvez por desastres ambientais, ou por tragédias vindas de algum lugar remoto do espaço. Mas o que falta mesmo no ser humano, é perspicácia para entender que o que falta mesmo no mundo é compreensão e abdicação de valores egoístas.

Friday, June 03, 2005

A dor que faz a arte





Se versos lindos de um poema triste
refletissem com eficácia toda a minha dor,
eu faria de um belo poema
um instrumento masoquista para causar horror.

Não é a minha intenção repudiar os poemas
e todos os versos que refletem pudor,
mas é de meu jugo, e eu digo apenas...
Quão espantosa é a minha dor.

Gostaria de ter o céu como meu cúmplice,
talvez, um aliado para sofrer comigo.
Mas tal prece talvez, digo, não se cumpre.
A minha dor é agora, meu pior castigo.

Quero agora tornar explícito
quais foram as razões de tal castigo.
Talvez amar demais fosse proibido
e não ser amado fosse o motivo.

A dor de não ser correspondido corrói uma alma.
Destrói seus sonhos e suas aspirações.
Esse foi o veredicto dos céus:
Morrerei no leito das imaginações.


Monday, May 16, 2005

Friedrich Nietzsche: valorizar desvalorizando


A arte nietzscheana precede boa parte dos pensamentos contemporâneos. Suas teoriaselitistas e anti-religiosas formaram o palco de eventos catastróficos na humanidade, bem comoa evolução de conceitos de civilização. Nietzsche insiste numa quebra de valores e que a moral não existe; a seu ver deveríamos ser amorais. Mas, tal insistência acaba por criar um novo tipocomplexo de valorização. A sua arte de desvalorização acaba por criar valores individuais, torna-semais egoísta à medida que valores de teor fraternal perdem-se diante de seus intempestivos ataques.Desvalorizar sempre significa retirar conceitos sociais formados por um juízo pessoal da época.Por isso, acaba-se por dar lugar a conceitos preexistentes, ou seja, à instintos humanos, à umjugo mais animalesco, e alimenta as ações egoístas. Em síntese, Friedrich Nietzsche busca uma sociedadeque seja regida por instintos afetivos pessoais, que o homem aprenda por si só as noções de boa conduta num meio. O filósofo exige demais. Uma sociedade tal como ele almeja, só é possível numfuturo ainda muito distante ou em sonhos. A quebra de valores atuais desestruturaria a sociedade,que passaria a se tornar mais mesquinha, o homem não está preparado para deixar de lado os valoresimpostos por suas religiões. Nietzsche tinha enorme desejo de que essas amarras religiosas fossemretiradas para que se começasse um auto-aprendizado, mas seus escritos acabaram por se revelar dignosde um futuro mais além.

Monday, May 02, 2005

Recado para o Mundo

O Vietnã comemorou 30 anos da vitória contra os EUA. Mas o quê significa realmente esta vitória? Marca um cessamento temporário da ideologia imperialista estadunidense. Com a "derrota", o estado norte-americano reavaliou a situação emergencial das tropas e da moral do seu país e teve uma atitude sensata deixar o país, mesmo que os vienamitas do norte tivessem já levado seus tanques para o palácio do governo do sul e tomado o centro do poder. Um saldo de aproximadamente 60 mil mortos entre outros milhares de feridos foi o saldo das tropas estadunidenses. Sendo que aproximadamente 3 milhões de mortos foi o saldo que os Estados Unidos deixaram na população vietnamita.

Apesar de ter sido um estado sub-desenvolvido(ainda o é) o Vietnã do norte soube usar sua política comunista com eficácia, destruindo de uma vez os marcarterianos que viviam sob seu solo. Até hoje os Estados Unidos não conseguiram vencer qualquer país comunista sequer. No caso da URSS, problemas econômicos internos provocados pela corrupção dos políticos em seu seio, acabou causando rupturas irreversíveis na sua forma de organização, enfraquecendo este grande estado diante do poderio capitalista.

O bloqueio ao estado de Cuba ainda continua até hoje. Os planos estadunidenses não deram certo e o país caribenho consegue praticamente andar com suas próprias pernas sob liderança do grande Fidel. Os problemas internos que eles tenham ou possam vir a ter não é da conta do mundo. Como nação soberana, tem sua própria forma de organizar e manter sua sociedade, independentemente dos meios utilizados. Coloca-se muitas vezes os cubanos como um povo inconformado, mas se fosse realmente verdade, um povo cuja a expressão de liberdade significa mais que a vida já teria de imediato mobilizado a maior parte de sua população e demonstrado de formaq ue poderia sensibilizar todos os paises. Mas isso nunca aconteceu e provavelmente não irá(no governo de Fidel). Um dia levantaram as armas e se uniram para destruir um inimigo em comum: o governo corrupto apoiado pelos Estados Unidos. Lutaram e venceram, a liberdade triunfou sobre capitalistas insanos que queriam fazer da ilha um resort dos EUA.

Não obstante os planos da nação imperialista ter fracassado quanto aos países comunistas, sua política de controle econômico e ideológico sobre os demais ainda continua. A exemplo Afeganistão e Iraque. Poderá chegar um dia em que a tal terra da liberdade poderá deixar transparecer totalmente seus planos imperialistas, e quando tais más intenções se tornarem claramente perceptíveis, será a vez de o Mundo se unir para dar um basta nas atitudes dessa nação e reimplantar uma nova política tal como eles fazem no Iraque, mesmo que isso signifique um mundo unido contra eles.

Friday, April 22, 2005

Os primórdios da religião do homem

Geralmente, quando se tenta analisar a função dos deuses das religiões, muitas vezes os pesquisadores e os pensadores acabam por se embaralhar num problema crucial.A religião é uma ideologia espiritual criada pelos povos antigos, afim de que, o homem primitivo pudesse viver em harmonia no conturbado meio social da época. A história das civilizações nem sempre são acompanhadas com eras de ouro e glória, mas de muito sangue também, e antes de tais grandes eras, era o homem e seu machado quem decidia o futuro de um outro homem, e o resultado seria uma incrível falta de organização e disciplina naquele momento, com violências constantes e falta de limites para a brutalidade.Então, o que deveria ser feito para solucionar tal situação? Teria que ser criado um sistema que pudesse controlar tal barbárie. Então, o homem primitivo junto com seus medos naturais e respeito aos fenômenos da natureza, divinizaram todo acontecimento "inexplicável" à sua volta, então se criou o primeiro deus.A partir de então, regras foram impostas para se chegar no lugar em que este tal deus se encontrava, então nasceu as primeiras regras ded boa conduta e as primeiras repreensões contra a selvageria desordenada. Neste momento, a religião é um meio de se controlar o homem, de adestrá-lo socialmente.Mas tais fatos não foram acontecimentos separados. Muitas outras religiões foram criadas no mundo, sem ter precisamente algum vínculo entre elas, e tais religiões, primeiramente, eram em sua maioria politeístas, devido à grande diversidade de acontecimentos "inexplicáveis".Influências culturais ao longo da história foram adaptando versões cada vez mais transmutadas da sua origem. De forma que atendesse cada vez mais às novas realidades humanas, e com o tempo, somente se fez sentir seu poder e a sensação da sua "imortalidade" ideológica.Portanto, o grande problema da religião, não tá em desmistificar as existentes e sim de encontrar as suas origens, para poder a partir daí, se fazer uma análise mais completa e fazer com que o homem passe a procurar soluções concretas para seus problemas e deixe de apelar ao abstrato a melhoria do nosso conturbado meio.

Tuesday, April 19, 2005

Bem... estou normal como sempre. Mas, algo curioso perpassou minha mente. Melhor... foi inserida de maneira teórica e empírica. Hoje, pela manhã no pré-vesitbular, a professora de redação começou a debater sobre um tema muito interessante: facilidade dos meios de comunicação e solidão. Eu opinei, e tentei demonstrar a minha visão em relação ao tema, às vezes não consigo segurar meu senso de me expressar, mesmo que isso causa incômodo. Esse tema é muito abrangente, e em síntese poderia apenas falar que a solidão em relação ao avanço dos meios de comunicação está relacionado ao fato de que as pessoas preferem criar um mundo próprio, seja através da internet, seja por mensagens ou conversas por celular. O ser humano está se tornando sozinho porque não consegue mais ter a necessidade do contato pessoal com o outro. As pessoas estão se tornando apelidos, nossas identidades estão passando a ser formuladas de acordo com os nossos desejos, podemos ser quem quisermos no mundo virtual, mas não nunca conseguimos deixar quem realmente somos. Muitas pessoas podem ter muitos amigos pela internet, conhecer pessoas de vários lugares, mas a palavra amigo nesse caso torna muito difícil uma análise sobre o caso, a pessoa está rodeada de muitos em que suspostamente confia mas ao mesmo tempo está sozinha, porque aquele próximos à ela não são reais, são possíveis dados de uma possível pessoa, não determinando que seja exatamente alguém, pode ser uma coisa, alguém mal intencionado. Os chats de internet passou a ser o novo lar de muitos, prefere-se a virtualidade à familiaridade. As noções de boa família passa a ser perder, sair com amigos passa a ser coisa do passado, novos medos passam a surgir, o medo do contato, o medo das pessoas, o medo do que é real. Cria-se uma esquizofrenia virtual, esta é a nova doença. Criamos sentimentos em letras numa tela. Palavras frias podem ter mil interpretações. Assim, um exemplo posso ter. O mesmo "amigo' Saulo de quem falei no outro texto, aborreceu-se com minhas mensagens. Talvez pelo fato de não gostar das próprias opniões que foram excluídas pelo consciente dele. Mas de qualquer forma, não é isso o que está em caso neste momento. Atendendo ao meu instinto de conhecer as pessoas, o testei. Gosto disso, talvez seja pelo fato de não conseguir confiar em ninguém, mas tal desconfiança surge através dos meus testes... é um instinto, uma maneira de sobreviver nesta selva, é sempre importante reconhecer inimigos e aliados. Sim... testei o tal Saulo, mas o mesmo me desapontou enormemente, pensei que fosse alguém que fosse superar palavras que de alguma maneira poderiam ser descartadas ou rejeitadas, e melhor: argumentadas. Faltou-lhe argumentos, talvez a possível virtualidade do mesmo lhe trouxe sentimentos novos, sentimentos em relação ao virtual. Dados são parte de sua vida, isto não é uma afirmação, é uma hipótese. Mas de qualquer maneira, ele não conseguiu entender que tudo é possível. Quando colocado em check algumas coisas em que ele tinha fé, o mesmo simplesmente perdeu o controle, tornou-se agressivo, e porque não... insolente. Mas, ele é apenas uma parte de uma grande massa de jovens que passam a viver uma nova realidade, a da era da Coca-Cola. O seu mundo é essas palavras aqui... é triste inclusive eu estar aqui, mas bem, pior seria não utilizar isso como um meio propagador das minhas idéias, mesmo que elas não signifiquem nada. Mas minha parte foi feita por hoje... relatei uma convivência, mesmo que tenha sido desagradável, mas ao mesmo tempo instrutiva. Porque geralmente aprendemos mais com o conhecimento empírico das situações do que com a lição dos outros, o que é triste, mas de qualquer forma, necessário.

Monday, April 18, 2005

Poema - Onde eu posso estar







Como poderia ser dono do mundo?
Como poderia guiar os meus espaços?
A solidão que caminha em mim es um traço?
Ou estou a me perder em embaraços?

A canção em mim há muito se acabou.
O que restou em mim foram apenas os últimos confetes.
Para minha própria festa sempre serei o último convidado.
Morrendo agora me juntaria aos astros.

Não consigo perceber meus domínios
porque meu espaço e meu tempo não se entrelaçam.
Sou um estrangeiro dentro dos meus próprios sentimentos.
Sou aquele que o nada criou.

Talvez minha prole me ajude
a perpetuar a minha maldição.
Eu morreria em contradição?
Ou tocaria novamente a canção?

Estou novamente sozinho e aflito.
Todos os lados são apenas direções vazias.
Não sou mais do que uma própria enguia
que procura o seu lugar ao sabor do mar.

Vou morrer mais uma vez
e mostrar o quanto fui tolo.
Mas tal profecia, talvez, não se cumpra
já que para todos sou um vaso vazio.

A minha existência poderia ser vazia
e se entrelaçaria com os rumos do nada.
A matéria não pode ser amada.
Morrerei nos braços do desconhecido...


Sunday, April 17, 2005

A arte de indagar

Estive conversando, através do chat, com um colega chamado Saulo. Após eu lhe mostrar este blog, ele opinou dizendo que não havia fundamento o que eu primeiro havia redigido aqui. Disse que minhas palavras estavam confusas... mas é claro! Nosso estado de espírito é confuso, sempre deslizamos nas emoções, sempre à deriva das suas insinuações. Mudamos de estado de espírito como trocamos de roupa. Assim é o ser humano, poderíamos controlar isso com a nossa mente, mas apenas tentaríamos reprimir, o que não significaria total prisão, apenas parcial... Ele disse que eu apenas indagava, mas claro que eu somente fazia isso! Quando procuramos respostas existe melhor maneira de conseguí-las do que através disso?! Boécio materializou a sua filosofia, tomou forma de mulher e pra cada grande indagação que este homem tinha, esta linda ninfa animada lhe dava grandes respostas. Indaguei sim! É sempre o começo pra quando se quer conseguir fundamentos lógicos para o nosso estado de espírito, mas talvez não seja necessário quando o mudarmos, é como eu disse, o mudamos como trocamos de roupa. O necessário apenas é se estabilizar e não causar uma grande confusão interior. Anarquia interna dos sentimentos é a melhor e mais cruel forma de se autodestruir. Mas de qualquer forma, espero me questionar pra continuar vivendo... mesmo sendo essa realidade uma comédia. Gostaria de me apoiar num onisciente, onipotente, oniouviente e onipresente... mas para muitos, tal supremo ser existiu da mesmo necessidade que eu posso estar tendo agora. De homens que tiveram os mesmos questionamentos e queriam um amparo, não ter a sensação de apenas vivenciarem um lapso infinitesimal da existência. Mas de qualquer forma eu detestaria bajular o abstrato, é uma pena ter tanta razão. Foi isso que os meus questionamentos me trouxeram... e era justamente isso que eu queria que meu colega Saulo entendesse. Mas acho que o meu altruísmo deu certo.

Saturday, April 16, 2005

Como sempre estou normal... nada consegue chamar a minha atenção... será tudo uma grande comédia? A vida é uma comédia em que somos os atores? Bem... Augusto disse isso... mas ele apenas queria conhecer o seu papel... pediu aplausos para uma vida fúnebre, a esperança nele viveu e continuou viva mesmo após sua morte. Mas será que a graça de tudo no momento está justamente no fato de não ter graça? Bem... tudo é fruto da nossa mente, ela cria tudo, tudo o que for preciso pra nos dar sensação de vida, e consegue! Mesmo que alguns possam negar... bem, negar é uma vontade, e como tal pode ser permitida, uma pena que não possa causar nenhum impacto em relação à isso... Bem... começo a achar graça, graça de estar aqui, divulgando isso, e você lendo... por quê? Achas interessante? Bem... não vejo nada de interessante, apenas curioso, sim... curioso o fato de estarmos fugindo de uma pressuposta realidade de nos colocarmos aqui, sentados aqui, voltados para aqui... enquanto a vida morre á fora, e o sonho da eternidade se esvai.