Tuesday, April 19, 2005

Bem... estou normal como sempre. Mas, algo curioso perpassou minha mente. Melhor... foi inserida de maneira teórica e empírica. Hoje, pela manhã no pré-vesitbular, a professora de redação começou a debater sobre um tema muito interessante: facilidade dos meios de comunicação e solidão. Eu opinei, e tentei demonstrar a minha visão em relação ao tema, às vezes não consigo segurar meu senso de me expressar, mesmo que isso causa incômodo. Esse tema é muito abrangente, e em síntese poderia apenas falar que a solidão em relação ao avanço dos meios de comunicação está relacionado ao fato de que as pessoas preferem criar um mundo próprio, seja através da internet, seja por mensagens ou conversas por celular. O ser humano está se tornando sozinho porque não consegue mais ter a necessidade do contato pessoal com o outro. As pessoas estão se tornando apelidos, nossas identidades estão passando a ser formuladas de acordo com os nossos desejos, podemos ser quem quisermos no mundo virtual, mas não nunca conseguimos deixar quem realmente somos. Muitas pessoas podem ter muitos amigos pela internet, conhecer pessoas de vários lugares, mas a palavra amigo nesse caso torna muito difícil uma análise sobre o caso, a pessoa está rodeada de muitos em que suspostamente confia mas ao mesmo tempo está sozinha, porque aquele próximos à ela não são reais, são possíveis dados de uma possível pessoa, não determinando que seja exatamente alguém, pode ser uma coisa, alguém mal intencionado. Os chats de internet passou a ser o novo lar de muitos, prefere-se a virtualidade à familiaridade. As noções de boa família passa a ser perder, sair com amigos passa a ser coisa do passado, novos medos passam a surgir, o medo do contato, o medo das pessoas, o medo do que é real. Cria-se uma esquizofrenia virtual, esta é a nova doença. Criamos sentimentos em letras numa tela. Palavras frias podem ter mil interpretações. Assim, um exemplo posso ter. O mesmo "amigo' Saulo de quem falei no outro texto, aborreceu-se com minhas mensagens. Talvez pelo fato de não gostar das próprias opniões que foram excluídas pelo consciente dele. Mas de qualquer forma, não é isso o que está em caso neste momento. Atendendo ao meu instinto de conhecer as pessoas, o testei. Gosto disso, talvez seja pelo fato de não conseguir confiar em ninguém, mas tal desconfiança surge através dos meus testes... é um instinto, uma maneira de sobreviver nesta selva, é sempre importante reconhecer inimigos e aliados. Sim... testei o tal Saulo, mas o mesmo me desapontou enormemente, pensei que fosse alguém que fosse superar palavras que de alguma maneira poderiam ser descartadas ou rejeitadas, e melhor: argumentadas. Faltou-lhe argumentos, talvez a possível virtualidade do mesmo lhe trouxe sentimentos novos, sentimentos em relação ao virtual. Dados são parte de sua vida, isto não é uma afirmação, é uma hipótese. Mas de qualquer maneira, ele não conseguiu entender que tudo é possível. Quando colocado em check algumas coisas em que ele tinha fé, o mesmo simplesmente perdeu o controle, tornou-se agressivo, e porque não... insolente. Mas, ele é apenas uma parte de uma grande massa de jovens que passam a viver uma nova realidade, a da era da Coca-Cola. O seu mundo é essas palavras aqui... é triste inclusive eu estar aqui, mas bem, pior seria não utilizar isso como um meio propagador das minhas idéias, mesmo que elas não signifiquem nada. Mas minha parte foi feita por hoje... relatei uma convivência, mesmo que tenha sido desagradável, mas ao mesmo tempo instrutiva. Porque geralmente aprendemos mais com o conhecimento empírico das situações do que com a lição dos outros, o que é triste, mas de qualquer forma, necessário.

1 comment:

Anonymous said...

Thandico, só passei pra deixar meu oi. E dizer q te admiro muito!!
N tenho nem o q dizer sobre este texto pq retrata justamente o q vivemos atualmente.Tá muito legal
bjocas FUI