Sunday, March 01, 2009

Minha amada e eterna vó Rosália

Domingo, 1 de março de 2009. Estou digitando sobre a pessoa que foi muito importante para a construção de meu caráter e de minha personalidade: minha avó.
Ontem, Sábado, 28 de fevereiro, a senhora Rosália Ferreira dos Santos veio a falecer. Morte inesperada e ao mesmo tempo esperada. Inesperada porque foi acometida
subitamente por um derrame e esperada devido ao nosso conhecimento da gravidade da situação. Minha "vó Rosália" sofreu AVC Hemorrágico Generalizado. O quadro mais
delicado entre os derrames existentes. Não se sabe dizer se houve dor porque atualmente a ciência é incapaz de dizer. Com certeza a dor de sua ausência é sentida e permanente.
Sempre foi protetora felina de seus filhos e netos. Seu coração, tão enorme, irradiava carinho maternal. Abraçava seus amados com um amor divino. Pude conhecer na infância a severidade
de seus ensinamentos. Ao crescer pude ver como ela me olhava cheia de orgulho. Contemplando ao seu neto. Com seus olhos cheios de carinho de mãe. Querendo fazer todo o possível por mim.
Abdicaria de qualquer coisa por meu bem estar. Condoia-se constantemente por minha ausência, isto a deixava doente. Fazia planos e todos seus planos envolviam a felicidade de seus netos.
Ainda restavam muitas coisas para presenciar, viver e mostrar a minha avó. Essa perda repentina nos negou a chance de ter mais momentos felizes, de descobertas e aprendizados. Mas, com toda certeza, poderei levar pelo resto de minha vida o que aprendi com esta majestosa mulher. Com esta senhora que ajudou a me criar e que é uma das grandes responsáveis pelo homem que sou. Quem ler esta mensagem saiba que dona Rosália Ferreira dos Santos foi um dos poucos seres humanos raros, puros de coração.

Tuesday, January 13, 2009

Somos filhos de Deus



O que é esse grande caos que reina em nosso tempo? As pessoas mal se conhecem. A população cresce e se encarcera. Formam-se enormes cubículos sociais. A é alta, B é média e C é baixa. A segregação é visível nas taxações e a possibilidade de ascensão das camadas economicamente inferiores é remotamente baixa.

O diálogo, que por tanto tempo foi cultivado, torna-se restrito às superficialidades e conveniências tecnológicas. As letras são vistas no computador e a pessoa é ouvida através do celular. O contato humano, o calor da aproximação é perdido. Éramos capazes de sentir a emoção do outro. Agora, tentamos adivinhar intenções que são quase sempre voltadas para interesses estritamente particulares; sem nenhuma vinculação com o todo.

O sentimento de ser um ser humano é perdido. Cordialidade, respeitabilidade, amabilidade, entre outros, deixam de partir do ímpeto sadio do coração e se transformam, forçosamente, em traços da chamada boa civilidade. Refreamos algumas atitudes, pensamos em outras e agimos com a intenção de obter resultados. Somos reflexo do sistema e nosso pensamento é codificado e processado de acordo com a realidade em que estamos inseridos. Ridicularizamos ou olhamos com estranheza tudo aquilo que não pertence a nossa realidade que insistimos de chamar de a verdadeira.

É difícil saber se o problema está no sistema. Mas o sistema é criado pelas pessoas. Então, existem aqueles que impõem sua visão de mundo para a sociedade em que vivem. Num infinito de realidades, seguimos as idealizações de alguns. O caminho para o bem estar passa a estar no caminho de outro. Caminhos e pessoas são diferentes. Atalhos não servem para todos. O pensamento nos causou desgaste. Seguimos idéias e esquecemos os conselhos do velho e bom coração. O coração é universal. Ao buscar em si respostas o homem obterá semelhantes resultados para a busca da harmonia e da paz. O homem saberá ao buscar em si que deve resgatar o que foi perdido e desgastado de sua relação com o outro. O homem de nosso tempo deve deixar aquilo a que chama de propriedade privada possa dar a entender que aquele espaço é só e somente só seu. Somos todos filhos da natureza. Somos dono de imensos e ao mesmo tempo estreitos direitos. O que importa é que nosso direito termina onde começa o direito do outro. Devemos resgatar os laços de irmandade. Todos nós somos filhos de Deus.

Sunday, January 04, 2009

A mente de Deus


Desde tempos remotos o ser humano vem buscando o sentido de sua existência. A finalidade/objetivo, o porquê de estarmos aqui. Quem nos criou? De onde viemos e para onde iremos?

A inquietação sempre reinou no espírito humano. O despertar da consciência permitiu que tanto o espaço exterior quanto o interior pudessem ser explorados e modificados de acordo nossos caprichos/anseios/desejos.

Autodenominamos-nos seres humanos. Já haveria outro nome para nós? Nosso despertar é casual ou provocado pela natureza à nossa volta? O universo criado a partir de engenhosa precisão fez “nascer” de fótons a matéria. Esta deu origem ao inanimado que por sua vez criou os seres vivos. Como e por que ainda resta saber. Segundo a física quântica um tempo imensurável é responsável pela estruturação do RNA. Esse universo que surgia repleto de energia se expandia além de limites desconhecidos e gera a consciência em seu seio.

Os propósitos universais atendem exclusivamente a esse despertar da consciência humana? Sermos considerados os únicos em meio a esse infinito infinitamente não explorado é arrogância. É medo de pensar que não somos tão especiais quanto pensamos. Ser especial nesse caso é ser considerado o ser vivo eleito por uma Providência; aquela que reorganizou o caos e deu vida ao inanimado. Todos nós somos especiais. Justamente considerar que a morte do corpo é a morte do ser, amedronta. Esquecemo-nos que o universo foi criado através de energia. Nas fontes religiosas sempre temos a figura de Deus fazendo uso da energia para criar. Tudo é energia. Não morremos, nossa energia se dissipa. Damos origem àquilo que ainda não sabemos. As religiões afirmam que essa energia é alma e irá para um lugar sacro ou de punição, de acordo com a conduta que tivemos durante nossa vida entre homens.

A consciência surgida é objeto de nossa reflexão. Apesar dos grandes avanços da ciência restam enormes mistérios que não sabemos se serão desvendados um dia. No nosso cérebro, os neurônios são responsáveis pela transmissão de informações. Nossas lembranças, nossos pensamentos, o que criamos; o que somos; tudo está lá. Essas informações são energia. Quando agimos a energia atravessa os neurônios. Nossa consciência é energia. Somos ligados ao meio exterior, podemos compreender o que existe a nossa volta através da própria ferramenta que o universo nos ofereceu. Experiências místicas afirmam que na meditação e pensamentos profundos é possível perceber/sentir o universo. As religiões souberam captar isso. Essa organização existente na nossa mente foi tida como um despertar provocado por uma inteligência superior. Chamaram-no de Deus.

Subestimamo-nos? Somos capazes de sentir o universo e sermos íntimos de tudo aquilo que existe. É como se nossa condição humana por instantes pudesse deixar de existir e nos elevar a um nível de compreensão que se funde à natureza. Percebendo não somente nossa condição, mas o sentido do que existe. A harmonia é uma das respostas dessas experiências. As doutrinas religiosas atendem a esses propósitos universais. Conceitos como amor, paz, união são tudo aquilo que o universo nos responde para que não façamos da consciência objeto de autodestruição. O caminho para se chegar a respostas sobre o que somos, de onde viemos e para onde iremos não estará nas escrituras nem em templos. Ela estará em nós. Encontramos sempre quando ao invés de buscar nos céus nos voltarmos para o nosso interior. Somos energia. O universo é energia. Deus está em todos nós. Somos Deus.

Saturday, July 19, 2008

Poema - Vitória




Linda ninfa dos campos Elíseos

cujo charme revelam-lhe a essência da flor

que desabrocha em perfume causador do amor.

Repleto do segredo: Caminho para o Paraíso.



Sua cintura, acentuada, de contornos instigantes

é o ópio do desejo de chamas flamejantes.

E antes que em mim se opere um alvoroço,

a ordem, no meu caos, é a lembrança do teu rosto!



Sua pele, tão macia, me impele a te tocar.

Seus lábios gostosos

de tão apetitosos,

nunca irão me saciar.




Mas, não pense, minha querida, que só existe o desejo.

Numa forte paixão sempre existe sentimento.

E para muitos isso já foi o maior dos tormentos

dos milhares Jovem Werther; platônicos da dor.




Seu sorriso é enigmático e ao mesmo tempo encantador.

Verdadeira Monalisa; obra-prima do Criador.

A leveza dos teus gestos possui a mágica das fadas.

Um anjo de menina com artes de malvada!




Saiba, minha querida, que pode sempre contar comigo.

Pois, além de namorado, também sou seu amigo.

E sei que é apenas o começo de uma linda história...

No amor, com certeza, já tenho a minha vitória!

Tuesday, July 01, 2008

Poema - Diálogo com Deus




E o infinito era vazio,
de um frio insuportável,
mas aquele era o memorável
para a posterioridade ficar.
Pois, é o grande organizador
do explicável e do inexplicável
e este meu jeito lamentável
não poderá bem explanar.
De tentativas
o quase existe;
o inacabado subsiste
e assim muitos desistem.
Porém, não é certamente isso
que do meu objetivo irá tirar.
Desta forma, bem que eu poderei explanar
seja de que jeito for.

Sou um criado,
recriado e moldado
pelo meio à minha volta.
E não sou aquele
a escrever sobre linhas tortas
nem andar por cima das águas.
Não conheço o Aconcágua,
quanto mais o Salvador.
Mas a histórias passam
e sendo repassadas seguem seu caminho.
E será este o destino
de nossa cultura desregrada?

Um ser uniforme
e ao mesmo tempo disforme.
Figura esbranquiçada
que invisível se torna.
É o começo é o fim.
É o nascimento de José;
é o falecimento de Caim.
De todo começo sempre saberá o triste fim.
De todas as sortes sabe
e não se apraz com os conspiradores.
Serão estes os desertores
de todo o ideal divino?
Sua bondade magnânima
de tão grande é invisível
e deve ser por isso
que muitos se sentem preenchidos.
Quanto ar! Quanto ar!
Preencham-se de verdade.
Apenas não esqueçam a vontade,
pois, a intensidade faz estourar.
Nem tudo estourado tem graça
pois se perde a mágica
escondida no ar.
Então, este é um ser mágico?

Organize e crie meus sonhos,
diz o menino.
Em prece a oração segue firme
e em sua voz,
o timbre
não o denuncia vacilar.
Hesitação, calafrio.
E o brio do olhar alcança a fé
e de pé o garoto se põe a rogar.
E há muito tempo,
esse garoto mal sabe,
que um ser
tal como uma nave,
o universo se dispôs a percorrer.
Harmonizou o caos,
deu vida a matéria.
E pôs tudo que existe
pedra sobre pedra.
Eis que o desejo se consome
e desse ser surge o homem!
Ohh menino,
seu primeiro pai,
Grande pai!
Deixou uma herança
que de bonança nada tinha.
Então não é esta a obra-prima
que da eternidade o fez voltar?

Haveria um outro sentido
na outra metade da laranja?
Haveria necessariamente que haver a dor
para que houvesse a esperança?
Se o sentimento ruim existe
certamente é porque se fez necessário
então a idéia de alcançar a luz
parece ser mais conto do vigário
que, vigarista,
arrisca e petisca
as mais nobres intenções
de entender as origens,
seja através da ciência
ou através dos sermões.
Não foi Camões
a contar a História de Portugal?
E não seria ele o único frugal
a ter tal empreitada de paixão?
Onde residirá a força e a capacidade
de me fazer no tempo voltar?
Isto parece ser impossível.
Esses versos já chegam ao fim...

Engana-te,
Ó jovem!
Eu sou aquele
que tornado um ser vulgar
aprisionado foi
no esquecimento humano
e este é o maior ato desumano
que um mito pode vir a sofrer.
Já fui chamado de Alfa
e também de Ômega.
Fui um dos primeiros "Início".
Meu poder é real.
Enquanto existir o sobrenatural,
a crença e a metafísica
toda a minha mística
será inculcada no inconsciente.
E displicente será aquele
que de mim duvidar.
Não tenho poder para punir com fogo e enxofre
já que o maior dos poderes,
a alienação,
não está ao meu alcance.
Não obstante,
nesse instante,
poderei levá-lo ao Início de tudo.

Que maravilha!
Do tempo
era o senhor o dono.
Ó Chronos!
Nunca maior beleza meus olhos haviam tocado.
Sinto-me um rato, um verme, um nada.
O que é aquilo?
Ahhh.... matéria?
Lembro da Física,
onde se aplicam ali as regras?
Está tudo tão confuso.
E por acaso,
onde está Deus nisso tudo?

Inteligência e demência
caminham lado a lado.
Ser humano, por si só carrega um fardo.
E de tal enfado estou aqui pra te explicar.
Saiba que toda a criação;
Toda a organização;
Não tem o dedo divino.
Aquela bola que ali você vê
é a origem de tudo.
Sobretudo,
daquilo que vocês virão a chamar de amor.
Ali nascerá o ódio
que irá se ramificar em rancor.
Ali nascerá a bondade,
lunática,
que fará muitos apontarem caminhos.
A vida irá surgir.
Para os confins do eterno vazio o universo irá se direcionar.
Com isto aprendemos uma lição
com o sorrateiro inanimado
que preenche constantemente seu vazio
com a vida
e ao seu lado segue a própria vida
alimentando e sonhando
a esperança
de se manter eterna.

Não entendo o porquê
daquilo que tantos vieram me dizer.
Disseram-me sobre a vida e sobre o pós-vida
e agora nada disso me faz sentido.
Estou confuso e meus pensamentos agora
são meus inimigos.
Neste momento o último brilho que restava em meu olhar
foi apagado.
Não há mais sentido para que eu viva.
E que sobreviva aquele que foi manipulado!
Mas, uma coisa eu não consigo entender.
Por quê a ti,
Ó nobre Deus,
eu consigo ver?

Simples é o fato
que como ser humano sua imaginação é um dado
de vários lados.
Sua sorte é lançada de acordo com o que você pensa
e repensa de acordo com as circunstâncias de sua vida.
Assim nasce o sol,
que luz traz para o dia.
E aquece o coração humano;
trazendo alegria e segurança.
A festa é tanta
que este sol merece até ser chamado de Deus.
Luz para qualquer direção que nossa vista apontar,
Ó Lorde Rá!
Infelizmente sua luz não dura o bastante.
As trevas dominam e as horas são de jejum
As trevas submetem a luz
dando espaço para a vinda de Khonsu.
Mas somente serão Rá e Set a guerrear
e a criar a dualidade luz e trevas.
Pois, enquanto Khonsu espera,
o homem se desespera
e oferece os mais diversos sacrifícios
que não passam de suplício
para amenizar a culpa pela criação.
Maldita criatura!
Tornando-se mais poderosa que o criador,
o mesmo submeteu pela fé e pela dor.

Grandioso é o teu pensamento.
Minha existência, torna-se meu lamento.
A dualidade está no nosso coração.
Em todos nós
resta a opção da mudança;
braço da esperança que guia o ser humano
na direção do desconhecido.
Entendo, agora,
que nosso limite
é o limite da subjetividade.
Tornando-se, portanto,
um dos braços da verdade
que alguém irá abraçar.

Tuesday, June 24, 2008

Poema - Diálogo com o Conde


Em desalinho com as grandes questões tratadas,

o nobre do ouro se evade e se esconde.

Ele não o tal famoso conde,

que seguiu a pé naquela ínfima estrada?


E conseguiu alcançar o mais nobre desafio

de lidar com as questões mais triviais do seu tempo.

Mas, este não é o melhor passatempo

a que eu me proporia assentar.

Pois o levantamento feito naquele tempo

revelou grande deficiência de intelecto

Pois, era terra de abjectos

sem a menor consciência do que é a dor.


Ô obscuridade gentílica!

Façam versos, criem rimas!

Mas, por favor, não me venham com ladainhas

Eu sou osso duro de roer.

Ah... vocês vão ver

que, enquanto a dor superar a arte,

não haverá maior desastre

que me ponha ao chão.

Pois enquanto resta a canção,

há esperança!

Pois não passo de uma criança

pronta para brincar.


Então ela cresce e se transfigura.

Que maldição! Toda a sua figura muda.

Os pêlos crescem, os músculos enrijecem.

A pele muda e a mente desobedece.

Seria aos caprichos instintivos

ou à uma racionalidade maligna?

Que droga de vida é essa a minha

que se propõe a ajudar,

mas, a sofrer as consequências

de duras instâncias,

pois, ser criança

é sofrer, crescer, apanhar.

É lidar com os fracos;

é lidar com o forte.

Pois, justamente aquele que aponta o norte

é o primeiro a apedrejar

e a arquitetar as maldades mais inquietantes.


O grande ego vai caminhando.

A puro trote segue

e cavalgando

sobe morros, sobe serras,

atravessa ruas e entre as veredas

se esgueira,

rasteja e caminha.

E finalmente, olha lá!

Não é a terra de Caminha?

E finalmente ele descobre

que nas terras do oeste,

no hemisfério esquerdo do seu cérebro,

que a racionalidade lhe pregou uma peça!

Não que o coitado não mereça...

mas ego é ego e já basta!


Não é que o ego esconda

o dono do ouro, o conde;

que não é difícil de achar,

basta você olhar

para o rio e sorrir.


Ô nobre Conde, sobre meu povo e minha terra

o que tem a dizer?

-Meu caro... caríssimo amigo.

Desde há muito tempo reflito

o quão tu es digníssimo.

Porém, justiça seja feita

já que não sou de desfeitas

nem de meias palavras!

Por si só, pra mim, a verdade basta

e lhe aconselharei sobre o perigo que te rondas:

Olha de espreita

e perceba

que logo à sua direita se encontra os comuns

que de diversão estão em jejum.

Prontos pra mais uma rodada

de atividades ignóbeis

que alimenta de mais torpe

as suas mentes debilitadas.

À sua esquerda veja os crentes.

Bíblia na mão...

Ó, quão decentes!

Mas não engane

pois, por detrás daquelas aparências

o maior sinal de indecência

pode lhe assaltar.

Pois enquanto não representa um perigo,

seus desatinos se escondem sob suas vestes

e é justamente através de revezes

que nos põe estupefatos,

quase sempre de sobressalto!

Portanto, meu amigo.

Falar sobre sua terra

é falar sobre pessoas e pessoas

são diferentes

apesar de que a essência

seja a mesma

e de que as convenções humanas

sobreponham seus interesses;

ainda sim seu solo sagrado

é profanado com mesquinhagens

instintivas ou não

não passam de maldades

que apenas desgastam

nossa pobre existência.

Por favor meu caro...

às minhas terras venha!

E conheça quão divino

pode ser o comportamento humano

que não precisa de tantos desmandos

para saber se harmonizar.

Não me resta muito a falar sobre seu povo,

já me chega,

estou desgostoso.

E não sou homem de me pôr a par

daquilo que não me é prazeroso.


Pois, meu amigo,

a resposta já foi dada

e não me porei mais a par de nada

que não for de minha alçada.

Enquanto mantivê-lo por perto,

esperto estarei

porque aos seus avisos

sempre me atentarei

e não me deixarei tentar,

pode acreditar,

por um impulso de adoração.


Percebo que posso

aprender muito com a tua pessoa,

que como se fosse a proa de um navio

ao horizonte me guiará

e poderá me mostrar

o que neste mundo há.

Seja maldade, seja mazela,

seja a própria dor

ou a tristeza singela;

que bela me guia,

me orienta para a luz

conduzindo-me ao sol

em direção à santa cruz?

Ohh, por isso não se deduz

a força de minha vocação,

pois, amar de coração

não é o olhar instituído,

construído e consumido

pela mão humana.

Eis o conde,

Ó conde!

Nobreza d´alma

que reflete na água

nosso ego enfaixado.






Sunday, June 22, 2008

Poema - Versos para um amigo



Alegre Soldado que segue adiante...
além dos problemas, porém, é negligente
com a própria capacidade. Precisa ser fervente!

Arder como um louco num inferno de Dante.


Seu aspecto simpático, de sorriso brejeiro,
encanta os amigos, florescendo o respeito.
É uma alma nobre que por si só aquece.
Espíritos como esse ninguém jamais esquece.


Estudando e lutando; nova vida, novo rumo.
É difícil continuar, muito mais difícil desistir.
Mas, meu amigo por tudo há de persistir!
Conquistando seu espaço neste magnífico mundo.

Mesmo que tudo que reste no fim seja nada.
Eu e meu amigo nunca seguiremos ao acaso.
Pois pensar desta forma não é o maior descaso?
Glorifico, meu amigo, a sua pessoa honrada.