Friday, April 22, 2005

Os primórdios da religião do homem

Geralmente, quando se tenta analisar a função dos deuses das religiões, muitas vezes os pesquisadores e os pensadores acabam por se embaralhar num problema crucial.A religião é uma ideologia espiritual criada pelos povos antigos, afim de que, o homem primitivo pudesse viver em harmonia no conturbado meio social da época. A história das civilizações nem sempre são acompanhadas com eras de ouro e glória, mas de muito sangue também, e antes de tais grandes eras, era o homem e seu machado quem decidia o futuro de um outro homem, e o resultado seria uma incrível falta de organização e disciplina naquele momento, com violências constantes e falta de limites para a brutalidade.Então, o que deveria ser feito para solucionar tal situação? Teria que ser criado um sistema que pudesse controlar tal barbárie. Então, o homem primitivo junto com seus medos naturais e respeito aos fenômenos da natureza, divinizaram todo acontecimento "inexplicável" à sua volta, então se criou o primeiro deus.A partir de então, regras foram impostas para se chegar no lugar em que este tal deus se encontrava, então nasceu as primeiras regras ded boa conduta e as primeiras repreensões contra a selvageria desordenada. Neste momento, a religião é um meio de se controlar o homem, de adestrá-lo socialmente.Mas tais fatos não foram acontecimentos separados. Muitas outras religiões foram criadas no mundo, sem ter precisamente algum vínculo entre elas, e tais religiões, primeiramente, eram em sua maioria politeístas, devido à grande diversidade de acontecimentos "inexplicáveis".Influências culturais ao longo da história foram adaptando versões cada vez mais transmutadas da sua origem. De forma que atendesse cada vez mais às novas realidades humanas, e com o tempo, somente se fez sentir seu poder e a sensação da sua "imortalidade" ideológica.Portanto, o grande problema da religião, não tá em desmistificar as existentes e sim de encontrar as suas origens, para poder a partir daí, se fazer uma análise mais completa e fazer com que o homem passe a procurar soluções concretas para seus problemas e deixe de apelar ao abstrato a melhoria do nosso conturbado meio.

Tuesday, April 19, 2005

Bem... estou normal como sempre. Mas, algo curioso perpassou minha mente. Melhor... foi inserida de maneira teórica e empírica. Hoje, pela manhã no pré-vesitbular, a professora de redação começou a debater sobre um tema muito interessante: facilidade dos meios de comunicação e solidão. Eu opinei, e tentei demonstrar a minha visão em relação ao tema, às vezes não consigo segurar meu senso de me expressar, mesmo que isso causa incômodo. Esse tema é muito abrangente, e em síntese poderia apenas falar que a solidão em relação ao avanço dos meios de comunicação está relacionado ao fato de que as pessoas preferem criar um mundo próprio, seja através da internet, seja por mensagens ou conversas por celular. O ser humano está se tornando sozinho porque não consegue mais ter a necessidade do contato pessoal com o outro. As pessoas estão se tornando apelidos, nossas identidades estão passando a ser formuladas de acordo com os nossos desejos, podemos ser quem quisermos no mundo virtual, mas não nunca conseguimos deixar quem realmente somos. Muitas pessoas podem ter muitos amigos pela internet, conhecer pessoas de vários lugares, mas a palavra amigo nesse caso torna muito difícil uma análise sobre o caso, a pessoa está rodeada de muitos em que suspostamente confia mas ao mesmo tempo está sozinha, porque aquele próximos à ela não são reais, são possíveis dados de uma possível pessoa, não determinando que seja exatamente alguém, pode ser uma coisa, alguém mal intencionado. Os chats de internet passou a ser o novo lar de muitos, prefere-se a virtualidade à familiaridade. As noções de boa família passa a ser perder, sair com amigos passa a ser coisa do passado, novos medos passam a surgir, o medo do contato, o medo das pessoas, o medo do que é real. Cria-se uma esquizofrenia virtual, esta é a nova doença. Criamos sentimentos em letras numa tela. Palavras frias podem ter mil interpretações. Assim, um exemplo posso ter. O mesmo "amigo' Saulo de quem falei no outro texto, aborreceu-se com minhas mensagens. Talvez pelo fato de não gostar das próprias opniões que foram excluídas pelo consciente dele. Mas de qualquer forma, não é isso o que está em caso neste momento. Atendendo ao meu instinto de conhecer as pessoas, o testei. Gosto disso, talvez seja pelo fato de não conseguir confiar em ninguém, mas tal desconfiança surge através dos meus testes... é um instinto, uma maneira de sobreviver nesta selva, é sempre importante reconhecer inimigos e aliados. Sim... testei o tal Saulo, mas o mesmo me desapontou enormemente, pensei que fosse alguém que fosse superar palavras que de alguma maneira poderiam ser descartadas ou rejeitadas, e melhor: argumentadas. Faltou-lhe argumentos, talvez a possível virtualidade do mesmo lhe trouxe sentimentos novos, sentimentos em relação ao virtual. Dados são parte de sua vida, isto não é uma afirmação, é uma hipótese. Mas de qualquer maneira, ele não conseguiu entender que tudo é possível. Quando colocado em check algumas coisas em que ele tinha fé, o mesmo simplesmente perdeu o controle, tornou-se agressivo, e porque não... insolente. Mas, ele é apenas uma parte de uma grande massa de jovens que passam a viver uma nova realidade, a da era da Coca-Cola. O seu mundo é essas palavras aqui... é triste inclusive eu estar aqui, mas bem, pior seria não utilizar isso como um meio propagador das minhas idéias, mesmo que elas não signifiquem nada. Mas minha parte foi feita por hoje... relatei uma convivência, mesmo que tenha sido desagradável, mas ao mesmo tempo instrutiva. Porque geralmente aprendemos mais com o conhecimento empírico das situações do que com a lição dos outros, o que é triste, mas de qualquer forma, necessário.

Monday, April 18, 2005

Poema - Onde eu posso estar







Como poderia ser dono do mundo?
Como poderia guiar os meus espaços?
A solidão que caminha em mim es um traço?
Ou estou a me perder em embaraços?

A canção em mim há muito se acabou.
O que restou em mim foram apenas os últimos confetes.
Para minha própria festa sempre serei o último convidado.
Morrendo agora me juntaria aos astros.

Não consigo perceber meus domínios
porque meu espaço e meu tempo não se entrelaçam.
Sou um estrangeiro dentro dos meus próprios sentimentos.
Sou aquele que o nada criou.

Talvez minha prole me ajude
a perpetuar a minha maldição.
Eu morreria em contradição?
Ou tocaria novamente a canção?

Estou novamente sozinho e aflito.
Todos os lados são apenas direções vazias.
Não sou mais do que uma própria enguia
que procura o seu lugar ao sabor do mar.

Vou morrer mais uma vez
e mostrar o quanto fui tolo.
Mas tal profecia, talvez, não se cumpra
já que para todos sou um vaso vazio.

A minha existência poderia ser vazia
e se entrelaçaria com os rumos do nada.
A matéria não pode ser amada.
Morrerei nos braços do desconhecido...


Sunday, April 17, 2005

A arte de indagar

Estive conversando, através do chat, com um colega chamado Saulo. Após eu lhe mostrar este blog, ele opinou dizendo que não havia fundamento o que eu primeiro havia redigido aqui. Disse que minhas palavras estavam confusas... mas é claro! Nosso estado de espírito é confuso, sempre deslizamos nas emoções, sempre à deriva das suas insinuações. Mudamos de estado de espírito como trocamos de roupa. Assim é o ser humano, poderíamos controlar isso com a nossa mente, mas apenas tentaríamos reprimir, o que não significaria total prisão, apenas parcial... Ele disse que eu apenas indagava, mas claro que eu somente fazia isso! Quando procuramos respostas existe melhor maneira de conseguí-las do que através disso?! Boécio materializou a sua filosofia, tomou forma de mulher e pra cada grande indagação que este homem tinha, esta linda ninfa animada lhe dava grandes respostas. Indaguei sim! É sempre o começo pra quando se quer conseguir fundamentos lógicos para o nosso estado de espírito, mas talvez não seja necessário quando o mudarmos, é como eu disse, o mudamos como trocamos de roupa. O necessário apenas é se estabilizar e não causar uma grande confusão interior. Anarquia interna dos sentimentos é a melhor e mais cruel forma de se autodestruir. Mas de qualquer forma, espero me questionar pra continuar vivendo... mesmo sendo essa realidade uma comédia. Gostaria de me apoiar num onisciente, onipotente, oniouviente e onipresente... mas para muitos, tal supremo ser existiu da mesmo necessidade que eu posso estar tendo agora. De homens que tiveram os mesmos questionamentos e queriam um amparo, não ter a sensação de apenas vivenciarem um lapso infinitesimal da existência. Mas de qualquer forma eu detestaria bajular o abstrato, é uma pena ter tanta razão. Foi isso que os meus questionamentos me trouxeram... e era justamente isso que eu queria que meu colega Saulo entendesse. Mas acho que o meu altruísmo deu certo.

Saturday, April 16, 2005

Como sempre estou normal... nada consegue chamar a minha atenção... será tudo uma grande comédia? A vida é uma comédia em que somos os atores? Bem... Augusto disse isso... mas ele apenas queria conhecer o seu papel... pediu aplausos para uma vida fúnebre, a esperança nele viveu e continuou viva mesmo após sua morte. Mas será que a graça de tudo no momento está justamente no fato de não ter graça? Bem... tudo é fruto da nossa mente, ela cria tudo, tudo o que for preciso pra nos dar sensação de vida, e consegue! Mesmo que alguns possam negar... bem, negar é uma vontade, e como tal pode ser permitida, uma pena que não possa causar nenhum impacto em relação à isso... Bem... começo a achar graça, graça de estar aqui, divulgando isso, e você lendo... por quê? Achas interessante? Bem... não vejo nada de interessante, apenas curioso, sim... curioso o fato de estarmos fugindo de uma pressuposta realidade de nos colocarmos aqui, sentados aqui, voltados para aqui... enquanto a vida morre á fora, e o sonho da eternidade se esvai.