Sunday, April 17, 2005

A arte de indagar

Estive conversando, através do chat, com um colega chamado Saulo. Após eu lhe mostrar este blog, ele opinou dizendo que não havia fundamento o que eu primeiro havia redigido aqui. Disse que minhas palavras estavam confusas... mas é claro! Nosso estado de espírito é confuso, sempre deslizamos nas emoções, sempre à deriva das suas insinuações. Mudamos de estado de espírito como trocamos de roupa. Assim é o ser humano, poderíamos controlar isso com a nossa mente, mas apenas tentaríamos reprimir, o que não significaria total prisão, apenas parcial... Ele disse que eu apenas indagava, mas claro que eu somente fazia isso! Quando procuramos respostas existe melhor maneira de conseguí-las do que através disso?! Boécio materializou a sua filosofia, tomou forma de mulher e pra cada grande indagação que este homem tinha, esta linda ninfa animada lhe dava grandes respostas. Indaguei sim! É sempre o começo pra quando se quer conseguir fundamentos lógicos para o nosso estado de espírito, mas talvez não seja necessário quando o mudarmos, é como eu disse, o mudamos como trocamos de roupa. O necessário apenas é se estabilizar e não causar uma grande confusão interior. Anarquia interna dos sentimentos é a melhor e mais cruel forma de se autodestruir. Mas de qualquer forma, espero me questionar pra continuar vivendo... mesmo sendo essa realidade uma comédia. Gostaria de me apoiar num onisciente, onipotente, oniouviente e onipresente... mas para muitos, tal supremo ser existiu da mesmo necessidade que eu posso estar tendo agora. De homens que tiveram os mesmos questionamentos e queriam um amparo, não ter a sensação de apenas vivenciarem um lapso infinitesimal da existência. Mas de qualquer forma eu detestaria bajular o abstrato, é uma pena ter tanta razão. Foi isso que os meus questionamentos me trouxeram... e era justamente isso que eu queria que meu colega Saulo entendesse. Mas acho que o meu altruísmo deu certo.

1 comment:

Anonymous said...

se fomos parar pra pensar o q realmente somos, vamos perceber q n passamos de um enigma.te curto de montão abraços