Se versos lindos de um poema triste refletissem com eficácia toda a minha dor, eu faria de um belo poema um instrumento masoquista para causar horror.
Não é a minha intenção repudiar os poemas e todos os versos que refletem pudor, mas é de meu jugo, e eu digo apenas... Quão espantosa é a minha dor.
Gostaria de ter o céu como meu cúmplice, talvez, um aliado para sofrer comigo. Mas tal prece talvez, digo, não se cumpre. A minha dor é agora, meu pior castigo.
Quero agora tornar explícito quais foram as razões de tal castigo. Talvez amar demais fosse proibido e não ser amado fosse o motivo.
A dor de não ser correspondido corrói uma alma. Destrói seus sonhos e suas aspirações. Esse foi o veredicto dos céus: Morrerei no leito das imaginações.
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4 comments:
Gostei do poema porque volta-se par o intrínseco de uma pessoa. Porém algo tão profundo como a dor não pode impactar apenas em um estrofe. Dessa forma superficial que foi apresentada eu receito para os depressivos um suco forte de maracujá e para o eu-lírico água-com-açucar para curar o ultra-romantismo. Vai ser melhor do que Doril, "tomou a dor sumiu".
Sobre o texto "O que é Praxis", a diferença básica sobre teoria e prática é que a teoria está no campo das idéias, do imaginário enquanto a prática no campo da ação, do material. A praxis só existe na prática, mas nem toda pratica é praxis, pra ser praxis a prática não precisa necessariamente alcançar o seu objetivo, o resultado final pode ser completamente diferente do traçada inicialmente, mas precisa alterar a matéria-prima, suas propriedades físico-químicas e.t.c.
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